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Programa de Pós-Graduação em Economia

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Lançamento do Relatório Executivo III da Pesquisa PCSVDF Mulher em solenidade da ONU Mulheres Brasil e SPM

Data de publicação: 20 de novembro de 2017. Categoria: Notícias

A ONU Mulheres Brasil, Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres e a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) promoverão dia 23 de novembro de 2017 o lançamento de novos dados da pesquisa sobre violência contra as mulheres disponibilizados no Relatório Executivo III da Pesquisa PCSVDFMulher, cuja autoria é dos professores José Raimundo Carvalho (CAEN/UFC e LECO/UFC) Vitor Hugo de Oliveira Silva (IPECE e LECO/UFC), da Universidade Federal do Ceará.

A “Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher” é realizada pela Universidade Federal do Ceará, pelo Institute for Advanced Study in Toulouse e o Instituto Maria da Penha com financiamento da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres do Governo Federal e apoio do Banco Mundial e do Instituto Avon.

A apresentação dos novos dados da pesquisa é parte integrante da Campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” que será lançada também na ocasião tendo como lema: “Não deixar ninguém para trás: acabar com a violência contra mulheres e meninas”. O evento ocorrerá na Casa da ONU em Brasília/DF às 14:00 horas e para mais informações, consultar o link.

O link para o Relatório Executivo III estará disponível no dia 23 de novembro de 2017, após seu lançamento.

Fonte: Assessoria de Comunicação da ONU Mulheres Brasil – Isabel Clavelin – 61 3038 9140 | 98175 6315
isabel.clavelin@unwomen.org

 

Sobre os resultados  da Pesquisa
Segundo a pesquisa, 1 em cada 5 mulheres teve contato com algum tipo de violência doméstica na infância ou na adolescência, 23% afirmaram ter lembranças da mãe sendo agredida e 13% sabem que a mãe do parceiro também sofreu algum tipo de agressão. O estudo sugere que crianças expostas à violência doméstica têm maior probabilidade de sofrerem violência doméstica em relações afetivas ao longo das suas vidas adultas.

Desigualdade racial e financeira
O peso da violência doméstica também é maior quando há uma divisão entre mulheres brancas e negras. 1 em cada 4 entrevistadas negras afirmou se lembrar de episódios de violência contra sua mãe. Já entre as entrevistadas brancas, o número é sensivelmente menor quando 1 em cada 5 afirmou ter presenciado algo.

Além disso, a mesma pesquisa apontou que quando divididas por faixa de renda, as mulheres com menor ganho são as que mais estiveram expostas à violência doméstica na infância. Conforme a faixa de renda aumenta, diminui a probabilidade de ter ocorrido violência contra sua mãe, quando criança.

Violência que gera violência
Um dos apontamentos mais alarmantes é sobre a transmissão da violência entre gerações. 4 em cada 10 mulheres que cresceram em um lar violento sofreram o mesmo tipo de violência na vida adulta. Ou seja, há uma repetição de padrão em seu próprio lar. A chamada Transmissão Intergeracional de Violência Doméstica (TIVD), é definida como um mecanismo de perpetuação da violência que,
segundo os estudos, sugere maior incidência de violência doméstica em lares onde a mulher, seu parceiro ou ambos estiveram expostos à violência na infância. O mesmo percentual, 4 em cada 10 mulheres, também surge em relação ao impacto no comportamento masculino, revelando que parceiros que cresceram em um lar violento também cometeram agressões contra suas parceiras.

Violência durante a gestação
Outros dados apresentados pelo estudo revelam os percentuais da violência doméstica contra gestantes. Segundo a pesquisa, essa é a realidade para 6,2% das mulheres entrevistadas que já engravidaram. As cidades de Natal, Salvador, Recife e Fortaleza se destacam por terem taxas maiores que a média. As conclusões revelam que mais do que ameaçar a saúde e o bem-estar da mulher, a violência durante a gestação pode trazer graves consequências para as futuras gerações. Além disso, mulheres com menor grau de instrução têm 10 vezes mais incidência de violência na gestação. Sendo que negras e pardas representam 77,4% dessas mulheres que sofreram violência durante a gravidez.

Sobre a pesquisa

Pela primeira vez na América Latina uma pesquisa foi capaz de apontar dados inéditos da violência doméstica na gravidez e a transmissão entre gerações. Os números são do Relatório Executivo III da “PCSVDF Mulher – Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher”, realizada pela Universidade Federal do Ceará, pelo Institute for Advanced Study in Toulouse e o Instituto Maria da Penha com financiamento da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres do Governo Federal e apoio do Banco Mundial e do Instituto Avon.

A amostra da PCSVDF Mulher é composta por mais de 10.000 mulheres, sendo quantitativa, probabilística e representativa das moradoras das nove capitais do Nordeste, com idades entre 15 e 50 anos. Para o estudo do tópico Violência na Gestação, a análise se restringiu às mulheres entrevistadas pela PCSVDF Mulher que tiveram pelo menos uma experiência de gravidez ao longo da vida, resultando em 4.056 mulheres que, efetivamente, responderam questões relativas à experiência de violência na gestação.

Fonte: Assessoria de imprensa da Avon e Prof. José Raimundo Carvalho (CAEN/UFC) – fone: (85) 3366.7751

 

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